ENTRETENIMENTO

Pesquisa, inclusão, conservação e educação ambiental levaram Bioparque Pantanal à destaque mundial – Portal do Governo de Mato Grosso do Sul

Sustentado por fortes pilares, empreendimento se consolida como um espaço de experiência e conhecimento para todos

A grandiosidade e imponência do Bioparque Pantanal impressionam os olhos e não passam despercebidas ao visitante. No entanto, no maior aquário de água doce do mundo, que também é o maior aquário público do Brasil, o ano de 2023 termina com um legado imensurável, que nem todos podem ver.

O trabalho de conservação, de pesquisa, sustentabilidade e de bioeconomia evidenciam o sucesso deste cartão postal. No Brasil e no mundo, o Bioparque se tornou referência e hoje é orgulho do sul-mato-grossense.

Em 2023, o trabalho incansável, os desafios superados, os objetivos atingidos, as entregas e resultados expressivos consolidaram o empreendimento e o tornaram um espaço de conhecimento e experiência para todos.

Seja por sair na vanguarda no quesito turismo acessível, na quantidade de espécies de animais, nas reproduções inéditas, na quantidade de projetos de pesquisa, intercâmbios técnicos-científicos ou ainda na parceria com instituições nacionais e internacionais, o Bioparque é destaque e foi recomendado internacionalmente por uma revista de grande circulação no mundo, e não poderia ser diferente.

Visitantes

Mais de 375 mil visitantes, de mais de 120 países, estiveram no Bioparque em 2023, dentre eles autoridades (embaixadores, cônsules, ministros, secretários de estados, comandantes-gerais), celebridades, pesquisadores e estudantes.

Os registros mostram ainda que os visitantes vieram de mais de 3,8 mil municípios de todos os estados brasileiros. Moradores dos 79 municípios de Mato Grosso do Sul também passaram por aqui.

Destaque Internacional

Logo no início de 2023 e próximo de completar um ano, o Bioparque Pantanal foi recomendado na categoria “World’s Greateast Places”, por uma das revistas mais renomadas mundialmente.

Centro de conservação de Peixes Neotropicais (CCPN)

Entre as diversas entregas e realizações, o Bioparque inaugurou em 2023 o Centro de Conservação de Peixes Neotropicais (CCPN), um espaço destinado para estudo de conservação das espécies, tendo como foco principal espécies ameaçadas de extinção.

É um banco de dados, uma ferramenta, que proporciona a condução de estudos para a conservação das espécies, em nível molecular, taxonômico, parte de identificação de ovos e larvas e desenvolvimento de filhotes.

Neste ano foram registradas 111 novas espécies no Bioparque, passando de 269 para 380 espécies de água doce. Aconteceram mais de 150 reproduções, sendo 24 distintas, com sete registros inéditos no mundo e oito registros inéditos no Brasil. O que já impressionava se torna cada vez mais espetacular.

“Neste ano todas as entregas estiveram alinhadas com o modelo pensado para o empreendimento. Todos os resultados estiveram em conformidade com os pilares que subsidiam e norteiam as ações aqui realizadas, sendo eles, educação ambiental, pesquisa, conservação, inclusão tecnologia e inovação, cultura e lazer”, afirmou a Diretora-Geral do Bioparque, Maria Fernanda Balestieri.

Com 21 mil metros quadrados de área construída, mais de cinco milhões de litros de água o maior aquário de água doce do mundo passou a contar com 239 tanques, dentre os quais 168 foram implantados em 2023 para o desenvolvimento exclusivo de projetos de pesquisa, conservação, bioeconomia e sustentabilidade.

Pesquisa, Conservação e intercâmbios

Desde a sua inauguração, a pesquisa e a abordagem científica têm sido pilares que sustentam o empreendimento. Desta forma, a abordagem científica emerge como ferramenta crucial ao fornecimento de informações técnicas que possibilitam a compreensão, a preservação, o aprimoramento e a tomada de decisões que asseguram o bem-estar dos animais.

A exploração de soluções inovadoras, que possibilitam a implementação de tecnologias sustentáveis e a promoção da conservação da biodiversidade, também fazem parte do modelo de gestão do Bioparque.

“Dentro da estrutura organizacional do Bioparque, inauguramos, neste ano, o Núcleo de Pesquisa e Tecnologias (Nuptec), diretamente subordinado a uma Gerência de Inovação e Conhecimento. Este é mais um passo importante para o trabalho de pesquisa desenvolvido no empreendimento, que é um verdadeiro laboratório vivo em diversas áreas que o abrangem, como engenharia, arquitetura, áreas biológicas, psicologia, turismo, dentre outras”, afirmou Maria Fernanda.

Já são mais de 40 projetos de pesquisa em andamento no Bioparque, entre outras ações que potencializam o empreendimento diariamente, tornando-o matéria importante para intercâmbios com universidades nacionais e internacionais.

Entre as linhas de pesquisa estiveram Bioeconomia, Biodiversidade, Conservação, Biotecnologia, Bioprospecção, Bem-estar animal, Banco genético, Inteligência artificial em parques públicos, Tecnologia Assistiva, Turismo acessível e Ictiolinguística (inédito).

Nos intercâmbios os pesquisadores do Bioparque trocaram experiências e realizaram trabalhos com pesquisadores de inúmeras universidades e instituições renomadas do país e do exterior.

Internacionais: University of Georgia (USA), West Virginia University (USA), Instituto Humboldt (Colômbia), Institute for Sustainable Resources, University College London, United Kingdom, Regional Research Institute, Parque Explora (Medellin/Colômbia),

Nacionais: Marinha do Brasil, Exército Brasileiro, UEMS, UFMS, IFMS, UFGD, UFRGS, UNB, UFMT, FIOCRUZ-MS, UFPA, EMBRAPA PANTANAL, UNIDERP, UCDB, ICAS, Onçafari, Papagaio Verdadeiro, Instituto Terra Brasilis, SESI, SENAI, MS PANTANAL, AquaRio, Aquário de São Paulo, Oceanic Aquarium, Aquário São Francisco (BH), Aquário de Bonito, dentre outras.

Diversas publicações nacionais e internacionais, além de submissão de artigos científicos em revista de alto fato de impacto, realização da I Jornada de Pesquisa e Tecnologias e participações científicas complementam as entregas deste ano.

Circuito Sustentável de Aquaponia

Em 2023, o Bioparque também inaugurou o Circuito Sustentável de Aquaponia, um espaço destinado para produção de alimentos e reprodução de peixes. O sistema utiliza o próprio nutriente dos peixes para se manter em produção.

São produzidos neste local legumes e, especialmente folhas, que servem de refeição para o plantel. O objetivo é trazer a sustentabilidade ao empreendimento .

Inclusão

Poderíamos arriscar dizer que o projeto “Bioparque para todos – Iguais na diferença” vai além de um dos pilares, trata-se de um princípios do Bioparque, que faz com que cada visitante não seja apenas recebido, mas acolhido no local, onde a acessibilidade se deu pela eliminação das barreiras físicas e atitudinais, fazendo o empreendimento sair na vanguarda diante da disponibilidade de diversos recursos que proporciona a todos, sem distinções, um ambiente inclusivo e acessível.

Profissionais capacitados, tecnologias assistivas e protocolos de atendimento são diferenciais no dia-a-dia do complexo e fazem a diferença para a pessoa com deficiência ou neurodivergentes. Ainda há elevador que dá acesso a todos os pavimentos, corrimãos e identificação dos tanques em braile.

Para autora do projeto e diretora do empreendimento, Maria Fernanda Balestieri, “cada brilho no olhar, cada sorriso, cada momento dedicado é um elo que reforça nosso compromisso e amor à causa, fazendo pulsar forte nosso propósito de fazer do Bioparque Pantanal, cada dia mais, um espaço de acolhimento e encontro de pessoas, onde ninguém fica para trás”.

Dezenas de visitantes, de diversos lugares do mundo, já puderam vivenciar a experiência de passear em um lugar onde suas particularidades são respeitadas.

Logo na entrada do complexo, o balcão de acessibilidade está à disposição do visitante cadeiras de rodas, material em braile, tablets com audiodescrição e interpretação dos tanques em Libras e com narrativa visual, fones de ouvido, crachá de identificação universal de deficiências ocultas, mapa sensorial, Também conta intérpretes de libras para acolher e acompanhar em todo o percurso.

Biotátil

Além de dispositivos tecnológicos, o Bioparque proporciona uma experiência tátil para cegos, onde o visitante pode tocar os animais taxidermizados e vislumbrar por meio do tato as riquezas e a grandiosidade do nosso Pantanal, local também inaugurado em 2023.

Bioparque Vai à Escola

Outro grande projeto deste ano é “Bioparque Vai à Escola”. Lançado em agosto de 2023, o projeto tem o objetivo de enriquecer as experiências de estudantes, educadores e gestores nas visitas ao Bioparque Pantanal. As atividades estão alinhadas com os pilares da inclusão, educação ambiental e à proposta do empreendimento.

O projeto é uma iniciativa do Núcleo de Educação Ambiental (NEA), que promove ações e projetos pedagógicos para a sensibilização e conscientização de temáticas socioambientais, de conservação dos recursos naturais, de boas práticas sociais e de valorização da vida.

O Bioparque Pantanal conta ainda com um projeto pedagógico específico para o recebimento das visitas escolares semanais, nas quais foram recebidos 68.357 estudantes, em 1.242 visitas escolares.

Popularização da ciência

Consolidado como um empreendimento turis-científico, o Bioparque proporciona aos visitantes a oportunidade do contato direto com a ciência. Por meio de microscópios crianças, adultos e idosos podem conhecer de perto os projetos de pesquisa em andamento no Núcleo de Pesquisa e Tecnologias do empreendimento e os produtos científicos publicados.

Lazer, Cultura, Tecnologia e Inovação

Instagramável (Experiência Imersiva e Sensorial) – Unindo lazer, tecnologia e inovação, o Bioparque inaugurou no início da primavera de 2023 o Espaço de Experiência Imersiva – Encantador Reino das Flores. O local, além de destacar a beleza da estação, possui projeções, cores vibrantes e iluminação para encantar o público.

“Através dessa fusão de elementos visuais, sonoros e sensoriais, o visitante é transportado para um mundo onde pétalas dançam suavemente ao vento, cores se entrelaçam, a calma reina e a conexão com a natureza se torna palpável”, explica a curadora da exposição, Maria Fernanda.

Eventos temáticos também estiveram no Bioparque neste ano.

Capacitações

Por acreditarmos que excelência vem do aperfeiçoamento contínuo, somente no ano de 2023 foram realizadas 36 capacitações os colaboradores do Bioparque, com temáticas variadas que vão desde o atendimento acessível, birdwatching até voltados a gastronomia regional, todas visando agregar conhecimento para enriquecer a experiência do visitante no complexo.

Animais em evidência em 2023

Lobinha Delinha – Batizada de Delinha, em homenagem à dama do rasqueado, artista sul-mato-grossense, uma lobinha chegou ao Bioparque fazendo muito sucesso.

Por meio de um programa que busca garantir bem-estar, qualidade de vida e uma nova chance para animais que não podem ser inseridos na natureza, o Bioparque Pantanal recebeu em 2023 sua mais nova moradora: uma lobinha da espécie Cerdocyon thous.

“O mamífero teve entrada no CRAS em outubro de 2021, trazido pelos bombeiros de Nova Andradina, onde o animal foi encontrado orfão, com aproximadamente dois meses de vida. Ela não pode mais voltar para a natureza, por isso a destinamos para um espaço adequado”, explicou a coordenadora do Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS) de Campo Grande, Aline Duarte.

Arraias bebês – A família de arraias também cresceu em 2023. O Bioparque Pantanal registrou diversos nascimentos de arraias, dentre elas duas da espécie Potamotrygon amandae.

Os bebês nasceram no maior tanque do complexo de água doce, o Neotrópico, comprovando que os padrões de água, bem-estar e nutrição do local estão adequados e os animais se sentem seguros para a reprodução.

O público se encantam com os filhotes e se surpreendem com a interação dos animais no tanque. Atualmente 40 arraias, pertencentes a sete espécies diferentes, vivem no maior aquário de água doce do mundo. Os bebês já nascem completamente formados e sua reprodução é realizada através da fecundação interna.

Piranhas – Com muita alegria, o Bioparque também registrou uma reprodução inédita para a ciência no Brasil, a reprodução de piranhas em um dos tanques do complexo de água doce. As desovas foram acompanhadas pela equipe do local.

“Para nós, foi uma alegria. Aqui comemoramos cada vida e reafirmamos nosso compromisso com o bem-estar de cada um dos nossos animais e com o trabalho de conservação de espécies”, disse a Diretora-Geral.

Luciana Brazil e Rosana Lemes, Comunicação Bioparque Pantanal