ENTRETENIMENTO

Teatro engaja estudantes na luta contra dengue

Cláudio Souza


Secretaria de Saúde

Os alunos da rede pública municipal de educação de São José dos Campos estão engajados na lutra contra o mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como a dengue, o chikungunya e o zika vírus.

Em mais uma ação da Prefeitura para ampliar a prevenção e conscientização, equipes da Secretaria de Saúde têm encenado nas escolas municipais a peça teatral “Com a Dengue não se Brinca”, em parceria com a Secretaria de Educação e Cidadania.

De forma lúdica e divertida, utilizando fantoches e trama envolvente, as crianças de 6 e 7 anos aprendem como eliminar criadouros do mosquito e recebem a missão de multiplicar os conhecimentos adquiridos junto aos familiares, amigos e vizinhos.

A peça teatral aborda, por meio da convivência entre vizinhos, situações do dia a dia que favorecem a proliferação do Aedes aegypti, como manter pneus e garrafas com água parada em locais das casas como os quintais.

Para atrair ainda mais a atenção dos pequenos, alguns alunos interagem com os atores e participam das encenações.

Combate ao Aedes. Crianças vão multiplicar conhecimentos adquiridos / Foto: PMSJC

Teatro nas escolas

Entre maio e novembro deste ano, 710 alunos de cinco escolas da rede pública municipal de educação assistiram à peça teatral.

As atividades serão retomadas no mês que vem, com previsão de 24 apresentações ao longo de 2024.

Outros 403 munícipes acompanharam as encenações nos estandes das Operações Casa Limpa contra a dengue nos bairros, em UBSs (Unidades Básicas de Saúde) Resolve e no Cefe (Centro de Formação do Educador).

Interação. Atores destacaram papel educador do teatro / Foto: PMSJC

Conscientização

As apresentações nas escolas têm motivado profissionais da saúde, estudantes e atores, a exemplo do que ocorreu no final do mês passado na Emefi (Escola Municipal de Ensino Fundamental Integral) Professora Dosulina Chenque Chaves de Andrade, no Altos de Santana, na região norte.

“Não esqueçam do que aprenderam”, disse aos colegas Miguel Lorenzo da Silva Arai, de 7 anos, ao final da peça.

O aluno conta que aprendeu muitas formas de evitar o mosquito Aedes aegypti.

“Eu aprendi que não devemos deixar o quintal sujo e as garrafas devem ficar viradas para baixo quando estiverem vazias”.

Um dos atores da peça, Ricardo Salém, de 41 anos, reforça a importância de utilizar o teatro para conscientizar e ensinar as crianças sobre um assunto tão sério de saúde pública.

“O foco do teatro é incentivar o cuidado das crianças e dos pais dentro das casas, fazendo o autocuidado e incentivando também a vizinhança”, afirmou Salém.

“Por isto, na escola tem mais efetividade porque conseguimos trabalhar com as crianças através do teatro. Elas entram em contato com a história e assimilam o que é passado no teatro, como os cuidados contra o mosquito”, completou.

Assunto sério. Alunos aprenderam a evitar proliferação do mosquito / Foto: PMSJC

Prevenção

Além da conscientização nas escolas com as peças teatrais, ao longo de todo o ano a Prefeitura realiza, por meio da Secretaria de Saúde, diversas ofensivas contra o Aedes aegypti.

Com as ações preventivas executadas constantemente, como as edições da Operação Casa Limpa, arrastões nos bairros e conscientização dos munícipes, os números de casos positivos de dengue estão diminuindo.

Nos 11 primeiros meses deste ano, foram 970 contra 1.712 no mesmo período de 2022, o que representa uma queda de 43%.

A colaboração da população é fundamental. Caso identifique terrenos abandonados ou locais que possam servir de criadouros do Aedes aegypti, basta entrar em contato pela Central 156 (telefone, site e aplicativo).

Alerta

quarta e última ADL(Análise de Densidade Larvária) de 2023, realizada pela Prefeitura em outubro, registrou o índice breteau de 1,4, que representa estado de alerta em relação à infestação do mosquito.

O programa de controle das arboviroses divide a cidade em 42 áreas, que são visitadas durante a avaliação larvária. As equipes do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) percorreram 3.165 quarteirões, abrangendo 17.791 imóveis.

Realizada a cada trimestre, a pesquisa é fundamental para acompanhar os níveis de infestação ao longo do tempo, identificando os locais prioritários para atuação e norteando as ações de combate ao Aedes aegypti.

A próxima ADL será feita pelas equipes da Saúde no mês que vem.


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