Com Fumacê e mutirões em áreas de maior incidência, Prefeitura intensifica combate à Dengue na Capital – CGNotícias

A Prefeitura de Campo Grande, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), intensificou as ações de prevenção e combate ao Aedes aegypti – transmissor da dengue, zika e chikungunya – nas regiões com maiores índices de proliferação do mosquito. Os agentes estão percorrendo casa a casa fazendo a orientação dos moradores e o chamado bloqueio, que consiste na identificação e eliminação de focos e potenciais criadouros. Nesta semana, o município retomou ainda o uso do Fumacê para reforçar as ações contra o vetor da dengue.

Conforme a secretária municipal de Saúde, Rosana Leite de Melo, as ações estão sendo intensificadas com o objetivo de evitar que Campo Grande vivencie um surto ou epidemia de dengue. “Estamos agindo de maneira preventiva e estratégica para evitar que a gente tenha um aumento de casos em nosso município. Pedimos que a população receba os nossos agentes e colabore. Se cada um fizer a sua parte, iremos vencer mais essa batalha”, diz.

A dona de casa Carla Regina Meireles, 49 anos, moradora do Bairro São Conrado, elogiou o trabalho realizado pelos agentes e destacou que entende a importância de cada um cuidar do seu quintal.

“Eu sempre gostei de cultivar plantas e sei que é preciso tomar os cuidados para evitar que a água fique parada e se torne um criadouro do mosquito. Além das plantas, eu também tomo cuidado para não deixar nada que acumule água. Aqui em casa, graças a Deus, nunca ninguém pegou dengue. E eu fico com receio porque moro com meus pais que já são idosos. Mas, fazendo a nossa parte tenho certeza que estaremos mais protegidos”, diz.

Trabalho permanente

Desde novembro do ano passado, as equipes da secretaria vêm intensificando as medidas de prevenção e controle do vetor da dengue previstas no Plano de Contingência Municipal, que estabelece metas para conter uma possível epidemia de arboviroses, além de estabelecer diretrizes quanto à assistência e organização de fluxo. As diretrizes foram publicadas no último mês, prevendo estratégias a serem executadas até 2025 para evitar o aumento no número de casos.

Paralelamente ao chamado trabalho de manejo, que consiste na vistoria de imóveis, recolhimento de materiais inservíveis e eliminação de focos, a Sesau também tem reforçado as ações educativas e de mobilização social nas sete regiões urbanas, distritos e assentamentos (Zona Rural) de Campo Grande, para orientar a população sobre as medidas para a prevenção às doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. Tais iniciativas também são reforçadas na Atenção Primária, por meio das unidades básicas e de saúde da família, e nas escolas em período letivo.

Casos

Do dia 01 de janeiro a 06 de fevereiro deste ano, foram notificados 816 casos de dengue em Campo Grande. Até o momento, não houve a notificação de nenhum caso de zika e apenas 01 chikungunya. Em todo o ano passado a Capital registrou 17.033 notificações de dengue e seis óbitos provocados pela doença. Foram notificados, de janeiro a dezembro de 2023, 92 casos de zika e 176 de chikungunya.

A Capital fechou o segundo semestre do ano passado apresentando redução significativa nos casos de dengue, se comparado com o período anterior. O pico da doença foi registrado em abril, com mais de 3 mil casos notificados. A partir de junho, houve redução expressiva com estabilização nos meses seguintes.

O mais recente Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa) realizado em janeiro detectou três bairros com risco de infestação do mosquito, outros 42 em situação de alerta e 28 a situação é considerada satisfatória. O levantamento completo está disponível para download no link: https://www.campogrande.ms.gov.br/sesau/sec-downloads/liraa-janeiro-2024/

Em Mato Grosso do Sul, quatro cidades aparecem com alta incidência dos casos prováveis da doença, segundo boletim epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau). Campo Grande é a cidade que apresenta o menor índice entre os 79 municípios de Mato Grosso do Sul. No país, municípios como Rio de Janeiro (RJ), por exemplo, já enfrentam números alarmantes da doença