Ícone do site INFORMA1

Troca de experiências entre Bahia e Pará fortalece sistemas agroflorestais | SECOM

O conhecimento baiano em sistemas agroflorestais e proteção de nascentes foi compartilhado com 30 engenheiros do Pará em um curso realizado no município de Santa Bárbara. A iniciativa, conduzida pela Secretaria da Agricultura da Bahia (Seagri), fortalece a integração entre os dois estados na busca por soluções sustentáveis.

O treinamento abordou práticas agroflorestais e conservação ambiental, destacando a integração entre produção sustentável e preservação dos recursos hídricos. Foram apresentadas técnicas de manejo integrado de culturas, recuperação de áreas degradadas e uso eficiente da irrigação.

O curso, com atividades teóricas e práticas, ocorreu entre quinta-feira (25) e sábado (27) e foi ministrado pelo diretor de Desenvolvimento Agrícola da Seagri, Assis Pinheiro Filho, e pelo engenheiro-agrônomo Paulo Sérgio Ramos. A iniciativa teve a parceria do Governo do Pará e da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa).

Durante a troca de experiências, a mandioca foi citada como exemplo de cultivo que se fortalece no equilíbrio dos sistemas agroflorestais. Em ambientes ricos em matéria orgânica e diversidade, a planta consegue se defender de pragas e doenças sem o uso de insumos químicos. A explicação foi associada ao conceito de trofobiose, segundo o qual o desequilíbrio nutricional aumenta a incidência de enfermidades nas lavouras, algo evitado nesse tipo de sistema.

Para Assis Pinheiro, o encontro funcionou também como intercâmbio, ampliando a troca de conhecimentos e fortalecendo os vínculos entre Bahia e Pará.

“Os sistemas agroflorestais da região da Amazônia, que integram açaí e cacau com espécies nativas, nos trouxeram ideais valiosas. Observamos, por exemplo, técnicas específicas de sombreamento e consórcio que podem ser adaptadas às condições do nosso semiárido, beneficiando principalmente agricultores familiares que buscam alternativas à monocultura”, destacou.

O intercâmbio revelou complementaridade entre as realidades dos dois estados. “Demonstramos aos colegas paraenses como a proteção de nascentes se integra diretamente aos sistemas produtivos na Bahia – a água conservada alimenta as próprias culturas agroflorestais. Em contrapartida, eles nos mostraram estratégias de manejo em áreas de alta pluviosidade, o oposto do nosso cenário de escassez hídrica”, completou o engenheiro Paulo Sérgio Ramos.

Fonte: Ascom/Seagri

Sair da versão mobile