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Salvador é incluída em guia internacional de turismo musical e reforça título de Cidade da Música – Prefeitura Municipal de Salvador

Foto: Otávio Santos/ Secom PMS

Reportagem: Ana Virgínia Vilalva/ Secom PMS

Salvador continua se destacando pelo mundo afora. Isso porque a capital baiana acaba de conquistar mais uma vitrine internacional no turismo cultural após ser incluída no catálogo The Hidden Gems of Music Tourism 2025, guia que reúne 40 roteiros musicais espalhados pelo mundo, todos escolhidos por sua autenticidade e pela riqueza das experiências locais.

The Hidden Gems of Music Tourism (ou As Joias Escondidas do Turismo Musical, em tradução livre) é um guia para o viajante com foco em divulgar os melhores destinos musicais a serem explorados. Trata-se de um catálogo único com mais de 40 itinerários com visitas curtas (um dia por local), que visa guiar as pessoas para cenários musicais.  

Com 112 páginas, o guia destaca Salvador como um destino em que a música está presente em todos os aspectos da vida urbana, sugerindo um roteiro de um dia pela cidade, explorando espaços que conectam o viajante à diversidade da música baiana, desde o samba de roda até os ritmos afro-brasileiros e a tradição dos blocos afros.

Salvador é indicada entre destinos latino-americanos e caribenhos, como Anguilla, Cuba, Peru, São Paulo e Bogotá, entre outros, nas quase 20 páginas dedicadas ao continente sul-americano. Na playlist soteropolitana sugerida pelo guia, figuram canções icônicas como Mais Belo dos Belos, Afros e Afoxés – Araketu, Didá de Salvador, Várias Queixas e Águas de Oxalá.

“Após se consolidar como uma das cidades mais desejadas do Brasil, Salvador está se posicionando bem e se tornando uma referência internacional, fruto do trabalho que estamos fazendo. A cidade se estruturou para receber visitantes, gerando emprego e renda para os nossos cidadãos. Continuaremos avançando, traçando algumas estratégias para que a nossa cidade atraia cada vez mais turistas, consolidando-a no topo das prateleiras nacionais e internacionais, como um destino completo e desejado para conhecer”, disse a secretária de Cultura e Turismo (Secult) e vice-prefeita de Salvador, Ana Paula Matos.

Experiências – O catálogo reforça o título de Cidade da Música pela Unesco, que Salvador carrega desde 2015, e celebra a forma como a cultura local se mantém viva e pulsante no cotidiano, valorizando a produção musical local e os artistas que mantêm viva a identidade sonora da cidade, gerando uma visibilidade internacional, podendo atrair novos públicos interessados em experiências autênticas.

A experiência sugere começar o dia com um tour musical-histórico pela manhã na Cidade da Música. O catálogo descreve Salvador como cidade natal de grandes artistas do MPB, samba-reggae, pagode e muitos outros gêneros e ritmos.

“Após isso, cante, toque e ouça a percussão neste equipamento cultural, atravesse a rua até o Mercado Modelo e descubra instrumentos musicais típicos com vendedores locais”, diz o texto.

Ao meio-dia, a sugestão é subir o Elevador Lacerda até a Casa do Carnaval e mergulhar em uma experiência musical, visual e sensorial sobre as festividades, a essência da cultura popular, a sociedade e a formação de identidades. O guia ainda sugere almoçar com música ao vivo no Mãe Comida Afetiva, restaurante situado na cobertura do mesmo equipamento, com uma vista deslumbrante da Baía de Todos-os-Santos e um menu inspirado em receitas familiares e na gastronomia ancestral da Bahia.

Continuando a tarde no Pelourinho, a sugestão são experiências percussivas interativas. A percussão afro e outras oficinas podem ser encontradas na sede do Afoxé Filhas de Gandhy, em ensaios com a Banda Didá, grupo feminino afro-percussivo que se apresentou no evento de Beyoncé em Salvador; e com Olodum, que oferece uma experiência musical influenciada por diferentes sons e ritmos.

À noite, a sugestão são as apresentações do Projeto Pradarrum, uma iniciativa que surgiu do desejo de preservar, disseminar e valorizar a musicalidade do território, inspirado pelos ritmos da diáspora. O maestro do grupo, Gabi Guedes, disse estar honrado em ver o reconhecimento do seu trabalho.

“Esse é o desejo de quase todo artista, ainda mais universalmente. Eu projetei o Pradarrum como forma de agradecer às nossas mães nos terreiros, que preservam essa cultura dos cânticos para reverenciar as nossas energias positivas, as energias dos orixás, dos inquisses, dos boguns e caboclos, que movem o universo. O Pradarrum fala sobre os nossos tocadores de atabaques. Quem vier nos visitar, que venha em paz e de coração aberto, e que procure entender essa música como forma de agradecimento, entendendo que essas pessoas precisam ser lembradas”.

A dica final vem no rodapé, propondo um passeio ao bairro de Itapuã e ao hotel histórico Boutique Hotel Casa Di Vina, onde viveram o poeta e o musicista Vinícius de Moraes, e onde é possível conhecer e se hospedar na suíte onde ele viveu.

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