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Nova escola de tempo integral alia educação e sustentabilidade na Chapada Diamantina | SECOM

O município de Marcionílio Souza passa a contar com uma estrutura moderna e sustentável para a Educação com a entrega do novo Colégio Estadual de Tempo Integral Eurídice Santana, inaugurado pelo governador Jerônimo Rodrigues e pela secretária da Educação do Estado, Rowenna Brito, nesta sexta-feira (15). Com investimento de mais de R$ 25 milhões, a unidade oferece Ensino Médio, Educação de Jovens e Adultos (EJA) e curso técnico em Agroecologia para seus 403 estudantes, em ambientes que ampliam as possibilidades de ensino e aprendizagem na Chapada Diamantina.

O Eurídice Santana é um exemplo do projeto desenvolvido no âmbito da rede estadual visando a construção de escolas com foco em energia limpa e sustentável. Serão contempladas 182 unidades, todas equipadas com sistemas de energia fotovoltaica, incluindo painéis solares que serão responsáveis por fornecer 90% da energia consumida por todas as unidades escolares da rede estadual. A usina solar fotovoltaica, instalada no telhado do colégio de Marcionílio Souza, produz energia suficiente para abastecer a própria escola e compensar o consumo de outras nove unidades estaduais em cinco municípios, o equivalente ao consumo de 365 residências.

“Ao adotar essa abordagem, garantimos a sustentabilidade, promovemos a conscientização ambiental e, além de tornar a escola autossuficiente, integramos o tema em sala de aula, enriquecendo o aprendizado dos alunos. Trata-se, portanto, de um esforço conjunto em prol da aprendizagem, da garantia de direitos e da melhoria da qualidade ambiental”, explicou a secretária Rowenna Brito.

Pilar de sustentabilidade
Para a diretora do Eurídice Santana, Tailane Neves, a nova sede é motivo de orgulho para toda a comunidade escolar. “Quando cheguei, em 2019, ninguém imaginava que teríamos uma estrutura desta magnitude em uma cidade pequena como Marcionílio Souza. Antes, eram apenas seis salas e um espaço para a secretaria. Hoje, temos laboratórios, áreas de convivência, refeitório e energia solar que abastece outras escolas. É um pilar de sustentabilidade alinhado à Agenda 2030, com tecnologia, espaços amplos e educação antirracista como base. É uma conquista muito importante para todos”, afirmou.

A estudante Maria Luísa Braga de Jesus, da 3ª série do Ensino Médio, também destaca o impacto da mudança. “Na antiga sede não havia espaço para campeonatos ou projetos, nem laboratórios para experimentos. Agora, estudamos em salas climatizadas, temos quadra, teatro e laboratórios para química, física, informática e linguagens. É muito gratificante ver como evoluímos de uma escola modesta para um espaço tão completo. O teatro, inclusive, é usado pela comunidade em eventos, tornando a escola um ponto de encontro e integração para todos”, ressaltou.

O prédio dispõe ainda de uma infraestrutura que oferece mais conforto para o aprendizado e vivência na unidade escolar. São 12 salas de aula, biblioteca, quatro laboratórios, sala multifuncional e de dança, restaurante estudantil para 200 pessoas, teatro com a mesma capacidade, vestiários e campo de futebol society, entre outras melhorias implantadas que proporcionam, por exemplo, resultados concretos de aprendizado.

Foguete
A conquista dos estudantes Ana Clara Ferreira, Thais Araújo e Paulo Henrique Matias, orientados pelo professor de Matemática e Física Roberval França, demonstra resultados concretos dos investimentos em Educação. Eles foram aprovados no edital do Projeto Foguete da Olimpíada Brasileira de Foguetes 2025 (Obafog) e representarão a escola na competição que acontecerá de 29 de setembro a 2 de outubro, em Barra do Piraí, no Rio de Janeiro.

“Unimos teoria e prática, aplicando conteúdos de Matemática e Física na construção e no lançamento do foguete”, destacou o professor Roberval. Para o aluno Paulo Henrique, de 16 anos, a experiência vai além da disputa. “Aprendemos mais sobre química e física de forma aplicada, o que torna o estudo muito mais interessante”, afirmou.

Fonte: Ascom/SEC