Fotos: Otávio Santos/Secom PMS
Reportagem: Juan Elias e Ana Virgínia Vilalva/Secom PMS
Em alusão ao Dia Internacional da Síndrome de Down, a Secretaria de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer (Sempre) promoveu, na manhã desta sexta-feira (21), uma sessão de cinema para cerca de 100 crianças com Síndrome de Down e familiares, no Shopping Center Lapa, no Centro. O filme escolhido foi “Deu Preguiça”, uma animação cativante sobre recomeço, sonhos e a busca por uma segunda chance.
“Ao proporcionar a sessão de cinema para as pessoas com deficiência e suas famílias, democratizamos o acesso ao lazer em nossa cidade e promovemos a inclusão, fazendo com que toda a sociedade ganhe com a interação social”, destacou o titular da Sempre, Júnior Magalhães. Os participantes da sessão de cinema já integram programas e projetos realizados pela pasta, através da Diretoria de Políticas Públicas para Pessoa com Deficiência (DPCD). Para o lanche foram distribuídos pipoca e suco.
De acordo com a diretora da DPCD, Daiane Pina, a gestão municipal vem, cada vez mais, ampliando as políticas públicas para as pessoas com deficiência, incluindo a cultura e o lazer. “Salvador é uma cidade que tem muito espaço cultural e muita diversão. E nessa parceria com o Center Lapa, vamos exibir um filme com direito a pipoca, açúcar, tudo que um cinema tem. A importância é isso, é ampliar as políticas da Prefeitura, que tem esse olhar inclusivo para todas as pessoas, incluindo também o acesso à cultura”, disse.
Meias Trocadas – Além da sessão de cinema, os participantes aderiram à iniciativa Meias Trocadas, para poder conscientizar a população de Salvador sobre a importância do respeito a todas as pessoas, incluindo quem tem Síndrome de Down. A campanha acontece em todo o Brasil, de forma lúdica, convidando todos a usarem meias trocadas nesta ação, informando a sociedade também sobre os direitos igualitários, inclusão e bem-estar das pessoas com Síndrome de Down.
O pedreiro Antônio Luiz Souza, residente em Pau Miúdo, acompanhava o filho Jonathan. “Ele é um menino especial, muito inteligente, sabido e desenvolvido. Hoje, ele está na Apae (Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais), que é uma instituição que ajuda no desenvolvimento dele. Esses momentos, como aqui no cinema, são especiais, porque tem muita gente como ele, que pode brincar, se divertir”, declarou.
Ao lado da filha Lara Letícia, a dona de casa Maridalva Nascimento, de 52 anos, mora no Cabula VI e fez questão de estar presente na sessão de cinema. “Eu deixei de trabalhar para poder cuidar da minha filha, e essa é uma iniciativa muito maravilhosa, principalmente para nossas crianças que são atípicas. Existe um certo preconceito na sociedade, nós sabemos, então parabenizamos eventos como esse para que as crianças se socializem”, disse.
Maridalva ainda ressaltou a importância do amparo dedicado a esse público. “Ter instituições, agremiações, associações que fazem esses intercâmbios de passeios, de interatividade, de comunicação, é essencial. Nós vivemos numa sociedade infelizmente preconceituosa e geralmente as outras crianças não querem brincar com nossos filhos. Então nós nos ajudamos e fazemos essa socialização entre eles. É muito gratificante porque a gente vê a alegria deles, que interagem, se desenvolvem e têm autonomia junto com outras crianças. Então, é louvável que esses eventos aconteçam mais e mais para nossos filhos”, relatou.
A dona de casa Nidirmália Miclene, 50 anos, mora em Campinas de Pirajá e levou a filha para o cinema. “Minha vida é ela, desde que ela nasceu, há sete anos, e minha ocupação é toda com ela. É muito importante esse momento de inclusão, porque não podemos deixar eles só em escola, creche, tem que levar pra sair, se divertir, porque eles merecem. Se ficarem muito tempo dentro de casa, eles acabam se fechando”, avaliou.