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Serviço criado no HRMS para auxiliar na desospitalização já atendeu 1,4 mil pacientes em cinco anos

Criada há cinco anos no HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul), a OPAT (Terapia Antimicrobiana Parenteral Ambulatorial) já atendeu mais de 1,4 mil pacientes. O serviço é uma das estratégias usadas para auxiliar na desospitalização de pacientes. Desde que foi implantada, a OPAT já garantiu uma economia de, pelo menos, R$ 5 milhões, com diárias hospitalares.

A OPAT otimiza a estadia do paciente no hospital, permitindo que ele vá para casa e retorne apenas para fazer a medicação, nos dias e horários previamente agendados. Além disso, o serviço libera um leito para que novos pacientes também possam receber atendimento.

Responsável pelo serviço, a médica Alexandra Casarin explica que a OPAT é uma continuidade do tratamento recebido no hospital. “A intenção é otimizar a estadia do paciente, garantir a desospitalização e girar o leito. Ou seja, permitir que outros pacientes sejam atendidos. Mas todo o trabalho é feito com bastante cuidado para garantir que não haja descontinuidade do tratamento”, explicou. 

Para ser atendido pela OPAT, é necessário estar internado no HRMS e preencher alguns requisitos. O pedido para que o paciente seja atendido pela OPAT é feito pelo médico assistente que o acompanha, através de pedido de parecer para assistente social.

Com isso, é realizada uma avaliação pela Assistência Social. Se houver o deferimento social, o paciente passa por uma avaliação médica e de enfermagem da OPAT. Com a confirmação de que o paciente pode ser atendido pelo serviço, o médico é comunicado para que providencie a alta médica, com laudos, receitas, prescrição médica, entre outros.

O paciente, para ser admitido pelo serviço, assina um termo, se comprometendo a voltar para receber a medicação. Além disso, ele já sai com o agendamento. “Todo o procedimento visa a segurança do paciente e dos profissionais envolvidos no atendimento”, explicou Alexandra.

Diretora técnica do HRMS, a médica Patrícia Rubini explica que o papel da OPAT é fundamental dentro do hospital. “A ideia da OPAT floresceu sobre a minha mesa em um dia como outro qualquer. O que era apenas uma ideia, com muito esforço e dedicação, tornou-se uma realidade, que ajuda de forma imensurável tanto os pacientes quanto os familiares”, lembrou.

Mãe de um adolescente de 17 anos, Jussara teve o filho atendido pela OPAT por duas vezes e aprovou o serviço.

“Ele ficou internado por 28 dias, saiu, e depois teve uma nova infecção Na segunda internação, a médica perguntou se teríamos condições de voltar todos os dias só para tomar o medicamento. Foi ótimo. Agora, ele tem uma outra reincidência da doença, ficou três dias internado e solicitamos ao médico que ele fosse encaminhado para a OPAT, quando possível. Estamos muito satisfeitos com o atendimento em geral. É qualidade de vida (para o paciente) e desocupa leitos para outros que chegam em estado grave e, realmente, precisam”, afirmou.

Para a diretora-presidente da FUNSAU, Marielle Alves Corrêa Esgalha, o serviço oferecido pela OPAT, além de otimizar o tratamento dos pacientes, contribui diretamente para a melhoria na gestão dos recursos do hospital.

“Com a OPAT, conseguimos proporcionar aos pacientes a continuidade do tratamento no conforto de suas casas, o que garante mais qualidade de vida para eles e suas famílias, além de liberar leitos importantes para novos atendimentos”, destacou a médica.

Patrícia Belarmino, Comunicação Funsau/HRMS

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