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Residência em Medicina de Família e Comunidade colhe frutos positivos e fortalece a rede da Atenção Primária à Saúde da Capital – CGNotícias

Nesta quinta-feira (12), Campo Grande foi palco da 1ª Conferência Sul-Mato-Grossense de Medicina de Família e Comunidade, realizada no auditório do Bioparque Pantanal, em Campo Grande. O evento reuniu profissionais de saúde, gestores e representantes da sociedade civil para discutir o impacto transformador da especialidade na Estratégia Saúde da Família (ESF) e seu papel no fortalecimento da Atenção Primária à Saúde (APS) dentro do Sistema Único de Saúde (SUS).

Com o tema “O cuidado que transforma: A Medicina de Família e Comunidade na Atenção Primária à Saúde de Campo Grande”, a conferência abordou os avanços da residência médica em Medicina de Família e Comunidade (MFC) tanto em Campo Grande quanto nas demais regiões do Estado de Mato Grosso do Sul. O programa de residência médica em Medicina de Família e Comunidade tem se destacado como uma ferramenta para melhorar a qualidade do atendimento à população campo-grandense.

Desde a implementação do programa de residência médica em MFC, a cidade tem experimentado uma significativa melhora nos indicadores de saúde. De acordo com dados apresentados durante o evento, o número de médicos especializados na área cresceu consideravelmente, ampliando o acesso e a qualidade dos serviços de APS.

Conforme o médico de família e coordenador do evento, Weikmam Alves Mendes, muitos residentes ingressam na especialidade atraídos pelo incentivo e pela bonificação para uma residência posterior. No entanto, ao longo do programa, percebem que o médico de família tem a capacidade de abordar diversas especialidades e, principalmente, coordenar o cuidado do paciente, sabendo quando e para onde encaminhá-lo. Por ser uma área pouco conhecida, muitos não enxergam o potencial da medicina de família. Assim, ao iniciar a residência, descobrem o vasto campo de atuação e acabam permanecendo na especialidade”.

A secretária municipal de Saúde, Rosana Leite, destacou o impacto positivo da residência médica na formação de profissionais que se tornam mais seguros e preparados, além de receber conhecimento na aplicação de tecnologias simples, mas eficazes.

“Os médicos de família recebem o treinamento necessário para realizar diagnósticos rápidos, como a identificação de derrames articulares com ultrassonografia, e intervenções resolutivas, como infiltrações articulares e manobras terapêuticas para tonturas. Esses procedimentos evitam encaminhamentos desnecessários para centros de especialidades médicas e reduzem filas de espera no serviço de saúde pública”, explica a secretária.

Embora o programa já apresente resultados expressivos, os desafios permanecem. No entanto, o modelo de MFC em Campo Grande é apontado como referência para outras regiões do Brasil, mas exige investimentos contínuos para manter sua eficácia e resolver gargalos históricos da APS.

A ideia da Medicina de Família e Comunidade  – “gente cuidando de gente” – reflete-se na relação de confiança entre médicos e usuários do sistema de saúde. Neste sentido, a comunidade tem reconhecido os benefícios do programa. Pacientes relatam que o atendimento se tornou mais ágil, próximo e humanizado.

Quantitativo de profissionais formados

“O médico de família cuida desde o pré-natal da gestante, recém-nascido, acompanha todo o crescimento, fase adulta, as comorbidades, velhice e até o fim da vida. Somos responsáveis por todo o ciclo de vida de um paciente”, explica Weikmam Alves Mendes.

Assim, quanto aos números de residentes formados, a SESAU informa que em fevereiro de 2025 será formada uma nova turma, que passará a contar com 135 médicos de família formados desde 2020.

Conforme o balanço, dos 135 (35 concluirão em fevereiro/2025), dos 100 já formados desde então 40 seguem atuando na SESAU, em diversos setores:

·         08 regulação Ambulatorial;

·         01 regulação SAMU;

·         12 médicos APS;

·         15 médicos APS Preceptor;

·         01 supervisor de programa MFC;

·         03 na UPA.

“É interessante enfatizar que mais da metade dos preceptores que temos hoje na rede de saúde foram formados pelo programa de residência da SESAU (nas turmas anteriores) e que da turma que vai formar em fevereiro/2025, 60% da turma já manifestou interesse de permanecer atuando na SESAU, aguardando uma colocação”, destaca o médico e coordenador do evento.

Sobre a conferência

Para Dinaci Marques Ranzi, assessora técnica da Fiocruz e uma das autoridades presentes no evento, reforçou o compromisso coletivo em consolidar a MFC como uma especialidade que transforma vidas. “Estamos no caminho certo. Nosso desafio sempre foi construir uma atenção primária resolutiva, e hoje vemos os frutos desse esforço”, concluiu.

O evento deixou claro que a residência em Medicina de Família e Comunidade não apenas forma médicos mais capacitados, mas também transforma o sistema de saúde em benefício direto da população. Campo Grande, ao adotar práticas inovadoras e centradas nas pessoas, tornou-se um exemplo de como a APS pode fazer a diferença na saúde pública.

A conferência foi encerrada com homenagens a profissionais que se destacaram na área e uma confraternização que celebrou a cultura local. Além disso, foi lançado um convite aos participantes para contribuir com produções científicas que relatam as boas práticas e os avanços da MFC no Estado.

#PraTodosVerem : Na matéria há quatro fotos; a primeira, utilizada na capa, mostra uma visão panorâmica do auditório do Bioparque Pantanal, evidenciando os participantes a partir da ótica de quem está em pé, na entrada do lado esquerdo do palco; a segunda imagem mostra o coordenador do evento, o médico A conferência foi encerrada com homenagens a profissionais que se destacaram na área e uma confraternização que celebrou a cultura local. Além disso, foi lançado um convite aos participantes para contribuir com produções científicas que relatam as boas práticas e os avanços da MFC no Estado.


#PraTodosVerem : Na matéria há quatro fotos; a primeira, utilizada na capa, mostra uma visão panorâmica do auditório do Bioparque Pantanal, evidenciando os participantes a partir da ótica de quem está em pé, na entrada do lado esquerdo do palco; a segunda imagem mostra o coordenador do evento, o médico Weikmam Alves Mendes; a terceira foto é da secretária Municipal de Saúde, Rosana Leite; a quarta imagem é da assessora técnica da Fiocruz, Dinaci Marques Ranzi.

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