Avelino Israel
Fundação Cultural Cassiano Ricardo
“O saber que trago comigo sobre tambores é o que me mantém centrado e conectado à minha ancestralidade”. A afirmação é do mestre em Capoeira, luthier, músico, arte educador, bioconstrutor e produtor cultural Marco Antônio da Cosa ou Tata Orokzala, 53 anos, como é mais conhecido.
Orokzala será um dos participantes do Museu Vivo deste domingo (24), no Museu do Folclore de São José dos Campos, quando compartilhará com o público um pouco da sua história e dos seus saberes e fazeres em construir e executar diferentes ritmos de tambores e berimbau.
Além dele, também participará desta edição a culinarista Silvia Caetano da Silva, 60 anos, natural de Guaratinguetá, no Vale do Paraíba. Neste domingo, ela fará uma receita de massa amanteigada.
O Museu Vivo ocorre no lado externo do museu, das 14h às 17h, e é aberto ao público, que pode acompanhar de perto toda a vivência. Neste mesmo horário, a exposição de longa duração do museu estará aberta para visitação gratuita.
Artesanato e música
Tata Orokzala é natural de Campinas e há 12 anos mora em Monteiro Lobato. É mestre de Capoeira e fundador do grupo Abassá de Angola. Carrega um legado de mais de 3 gerações na arte de tocar e construir tambores oni ilu, como são chamados os fazedores de tambores na tradição Bantu, da qual é oriundo.
Sustenta com muito orgulho o título de Alabê, proveniente de sua linhagem espiritual no Candomblé. É filho de Mestre Lumumba, importante referência da cultura popular e afro diaspórica (fenômeno caracterizado pela imigração forçada de africanos, durante o tráfico transatlântico de escravizados) no Vale do Paraíba e no Brasil.
Culinária
Silvia Caetano na culinária – Foto: Divulgação
Silvia Caetano mora em São José dos Campos há 10 meses, vinda de Guarulhos (SP). Aos 8 anos, aprendeu a cozinhar com a mãe, tanto bolos como outros pratos. Ainda pequena já fazia o almoço e levava para os pais que trabalhavam em uma fazenda de café.
Gestão
O Museu do Folclore é um espaço da Fundação Cultural Cassiano Ricardo gerido pelo CECP (Centro de Estudos da Cultura Popular), organização da sociedade civil sem fins lucrativos. Está localizado no Parque da Cidade desde 1997.
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